Polícia
Fisioterapeuta denuncia suposto golpe durante compra de terreno em Arapiraca
Intermediador teria vendido veículo do comprador e não repassado o valor ao proprietário do lote; caso é investigado pela Polícia Civil e pelo Creci
A compra de um terreno na cidade de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, terminou em denúncia de golpe e na abertura de um inquérito policial. O fisioterapeuta Ailton Mota registrou boletim de ocorrência após afirmar que um suposto corretor de imóveis, responsável por intermediar a negociação, teria ficado com o dinheiro da venda de seu carro, que seria utilizado para completar o pagamento do lote.
O caso começou quando o comprador firmou um acordo verbal para adquirir o Lote 58, Quadra D, avaliado em R$ 90 mil. Como entrada, foram pagos R$ 5 mil diretamente ao proprietário do terreno. Para quitar parte do valor restante, o comprador entregou ao intermediador seu veículo, um VW Virtus, com a orientação de que ele fosse vendido e o montante repassado ao dono do lote.
Segundo o depoimento prestado à Polícia Civil, o corretor vendeu o carro, mas o dinheiro não foi encaminhado ao destino acordado. “Esse corretor pegou meu veículo, vendeu e o valor foi depositado diretamente na conta dele. Não deu explicações, não tinha procuração e não havia contrato que permitisse essa venda. Fiz denúncia no Creci e na Polícia Civil e aguardo o fechamento do inquérito. Esse dinheiro era para pagar um lote em Arapiraca”, relatou o fisioterapeuta.
Ele afirma ter tentado diversas vezes contato com o intermediador, mas não teve retorno. “Ele sempre dava desculpas, eu tentava ligar e não conseguia. Por isso procurei a polícia”, disse.
O proprietário do terreno também registrou boletim de ocorrência. No relato, confirmou que o intermediador era o responsável por conduzir a negociação e que parte do valor chegou a ser repassada, mas informou que os pagamentos começaram a atrasar. Ao ser procurado diretamente pelo comprador, descobriu que os repasses referentes aos meses anteriores não haviam sido feitos.
O vendedor explicou ainda que o corretor havia recebido R$ 2 mil de comissão — metade do valor combinado de R$ 4.500 — antes de os problemas começarem. De acordo com o boletim, tanto comprador quanto proprietário acabaram acumulando prejuízos diante da falta de repasse. “O proprietário do lote tem sido prejudicado pela inadimplência nos pagamentos e as vítimas pelo prejuízo financeiro”, diz o registro.
O caso está em investigação pela Polícia Civil de Alagoas, e uma denúncia também foi protocolada no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), que deverá analisar a conduta do profissional apontado pelos envolvidos.
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